sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O JORNALISMO NÃO É PARA QUALQUER UM!

 


"Seu trabalho é moleza!", já ouvi muito isso. Mas já ouviram o ditado que "Quando o filho nasce bonito, todos querem ser o pai!"? Pois é, penso que o jornalista é um dos profissionais que mais bem remunerado deve ser, entre tantas importantes profissões.

O trabalho de criação de textos, a demanda intelectual e a exigência em nível de responsabilidade, são absurdos. O estresse na coleta das informações, na checagem e confirmação, no desenvolvimento do conteúdo a ser divulgado, tanto para o leitor, o ouvinte ou em vídeo, nos faz ter conosco, uma carga que para muitos, não tem o valor que realmente sabemos que possuímos.

Sobre o filho que nasce bonito, digo dos bons resultados de um trabalho, todos querem o brio, mas quando o jornalista erra, os efeitos colaterais por vezes são incontroláveis, se torna uma sangria sem precedentes e ninguém quer assumir junto conosco, o nosso erro, eis o filho feio, diferente do citado anteriormente.

Por isso digo e afirmo, "jornalista, reconheça o valor do seu próprio trabalho", pois se alguns personagens não conseguem valorizar um profissional de imprensa, tanto por sua importância, quanto pelo que esses desvalorizadores não conseguem enxergar, creio que a reflexão deve ser nossa.

Aos que desvalorizam, antes de pensar que o valor que o jornalista lhe cobra para assessorar você ou sua empresa é muito alto, mensure os impactos positivos da informação verdadeira e bem trabalhada, na era de grandes "fake news", e acredite, isso não tem preço!

E o estrago de um trabalho mal feito é incomensurável!

Já são quase 15 anos nesta profissão entre assessorias de imprensa e principalmente, o jornalismo praticado no rádio, e sei que o mais importante é a credibilidade conquistada até aqui, junto com muita seriedade e dedicação. E seja como for, redigindo no escritório, na sala, no quarto, no banco da praça, com ar condicionado ou em um sol escaldante, a mente não descansa, fica ativa, sugando as energias do corpo, onde ao fim de uma jornada, parece que descarregamos uma carreta de areia.

"Cada um no seu quadrado", já diz a música popular. Sendo que o mais importante é dar conta do recado, é fundamental!

(Mettran Senna)




terça-feira, 8 de setembro de 2020

A FOME DÓI BEM MAIS QUANDO NÃO TE DEIXAM COMER, MESMO COM PRATO SERVIDO!

Como podemos ver isso? Com a nossa realidade ou a dos outros? O rico, pode talvez pensar, "abutres". Já o paupérrimo necessitado, pensaria "quanta injustiça", em um país de tantos saques ao erário público por políticos corruptos, grandes negociadores de vantagens escusas!


Sobre essas cenas, a transportadora vendo a perda de temperatura do container, autorizou a distribuição da carne, entretanto, a polícia a contaminou com spray de pimenta e gás lacrimogêneo para afastar os "saqueadores".

Em um país, com milhões de miseráveis, gente que inclusive está dependendo da ajuda de terceiros, com desemprego galopante, em decorrência da pandemia e da desigualdade social cada vez mais enfatizada, não tem como olhar tudo isso com a ótica do rico, de maneira nenhuma.

Jamais defenderia um crime aqui, sou completamente contrário a saques. Mas ao que expus anteriormente, a fome, dói e dói bem mais assim, onde mesmo que te digam "toma pode pegar", alguém vem e joga uma bomba de gás para que tu corra feito um rato de esgoto.

Essas analogias, nos fazem refletir, pois o que somos de fato para os que detém o poder? Ali, não digo que não tinha o aproveitador, aquele que foi pegar um pedaço de carne visando o lucro em uma venda.

Mas honestamente penso no esfomiado, no pai com filhos famintos em casa, sem emprego, e com dúvidas de como será o amanhã. Esse, tentou, mas não foi hoje que conseguiu um pedaço de carne. "Vai trabalhar vagabundo", já estou até vendo, o cidadão com sua Nutella geladinha na geladeira pensando e escolhendo seu filme na Netflix. Para ele será vida que segue, mas bem diferente daquele que sente fome!

Força guerreiros, vocês vão conseguir seus tão sonhados empregos, não desanimem!

(Mettran Senna)

[Imagens: TV Record]

sábado, 5 de setembro de 2020

O Exemplo de Entregador do Uber Bicycle!

Penso que as coisas boas, devemos deixar transbordar. Sobre o "Uber Bicycle", há pouco, após uma longa jornada e sem ter o que comer pronto em casa, eu que pouco uso esses aplicativos, havia instalado o "Uber Eats" e lembrei que tinha um cupom de desconto que eles dão para fidelizar novos clientes, então fiz o pedido. Normalmente pago no cartão, mas optei por dinheiro, aí começou algo interessante. Como o aplicativo não me deu uma comunicação direto com o restaurante (ou eu que não soube usar), chamei o entregador por mensagem, assim que ele foi buscar no local e surgiu no meu celular para trazer até mim, e eu disse que precisava de troco.

Gente, daí por diante, afirmo sem medo de errar que nunca vi um entregador tão profissional. Desde sua comunicação com objetividade, total atenção e prestatividade. E não sabia até que ele começasse a vir, que seria de bicicleta. Fiquei acompanhando o percurso e notei que o aplicativo o direcionou inclusive, para uma das ruas mais perigosas daqui de perto. Ao chegar, ofegante, não contive o espírito de jornalista e questionei, amigo, posso lhe perguntar algo? Com o sim e demonstrando estar em busca do melhor atendimento prestado para o cliente, aguardou e eu disse com o melhor tom possível para não constrange-lo, "qual a média de valor que você recebe por essas entregas e o lugar mais longe que já foi?". Ele respondeu o valor mínimo, cerca de R$3,50 e sua maior distância foi uns 5KM. Para quem conhece, foi da principal da Cidade Nova 6 até passando o Assaí na Mário Covas.


Ali, intensificou a sensação inicial que tive e há tempos venho observando, frente aos riscos no trânsito que eles se expõem para entregar nossos pedidos, além de que esses trabalhadores, por vezes, apesar de não termos culpa disso e sim quem os contrata pela baixa remuneração, acabam não prestando um bom serviço e tive nesse cidadão, o exemplo de que desistir, nunca deve ser uma opção e apesar das dificuldades, ele trata o cliente como uma peça fundamental na engrenagem do seu trabalho.

Já fui mal atendido. E muito mal atendido por entregadores de Delivery. E faço questão de exaltar os bons, pois compreendo que o país não lhes fornece muitas garantias e que apesar de ser uma oportunidade de emprego, vem com um toque de exploração, que por vezes, passa bem despercebido. Isso deveria mudar, em todas as categorias a bem da verdade, em um cenário que cada vez mais segue na contramão da valorização, e com intensidade, desvaloriza o trabalhador.

Do troco, não mais pensei nisso, pelo contrário, me senti na obrigação de não aceitar. Ele agradeceu e eu disse, amigo, continue assim e que Deus te abençoe. O que fiz foi o mínimo, nada extraordinário, mas sei que como uma gota, podemos transformar essas ações em um oceano. E desejo muito que todos nós possamos fazer um pouco mais por esses guerreiros que com um sorriso no rosto, passam por cima dos percalços da vida e seguem sempre adiante!

Ah, deixei todas as classificações positivas marcadas e meu comentário no aplicativo pela entrega, isso para os entregadores e para nós, saibam que é uma relação muito importante na avaliação do aplicativo, em nível de filtragem, nunca deixe de avaliar lá.


A comida estava muito boa por sinal, graças ao restaurante, mas com a boa entrega, do amigo lá do "Uber Bicycle".

(Mettran Senna)

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Deputados Estaduais Tiram de Rota Possível Candidatura de Simão Jatene e Rejeitam suas Contas de Governo!


Sempre fui atento a tudo, principalmente ao cenário político. E hoje (01/09), Simão Jatene, sai de cena, ou digo, o ex-governador do Estado, foi tirado de cena de qualquer possível candidatura vindoura, em especial, a qual vinha sendo ventilada, o cargo de Prefeito de Belém, pois teve suas contas rejeitadas pelos Deputados Estaduais na Assembleia Legislativa do Pará - ALEPA, independentemente de o Tribunal de Contas do Estado ‐ (TCE) ter previamente dado seu parecer favorável às suas contas de governo. Mas sem partidarismo de quem lê, pergunto, pode uma votação secreta nesta "altura do campeonato", de fato nos representar?

Sabemos que na política, sem mandato você na grande maioria das vezes, pode ser detentor de diversos títulos, mas de repente, vira um "zé ninguém", aqueles que te bajulavam, te apunhalam, traem e fazem de conta que nunca precisaram de ti, com a justificativa de "estou aqui para defender o povo".

Por sinal, enquanto jornalista, não estou aqui para defender Jatene, sequer recebo honorários na condição de seu advogado, mas penso que devemos analisar o que ocorreu nesta terça-feira na ALEPA.

Os deputados que ali votaram pela rejeição dessas contas, supostamente "pós-doutores em economia e gestão pública", estariam de fato defendendo a população, ou estariam em meio a escusos interesses políticos de quem é o manda chuva, a bola da vez, o mandatário maior do momento?

Pergunto aos senhores, sabem de quem estou falando?

Bom, por vezes já me questionaram, o porquê de eu nunca ter concorrido para nenhum cargo público, em especial, deputado Estadual e Federal, e a resposta tem sido a mesma. Vergonha do que tenho visto. Não desejo ser confundido com o que vemos nessas casas, com raras exceções, em especial, naquela casa de leis no bairro da Cidade Velha.

Mas ao que assistimos hoje, concluo com uma interrogação, "o Tribunal de Contas do Estado de nada entende de Contas do Governo, sendo os deputados do Estado "experts" no assunto", ou "manda quem pode e obedece quem tem juízo" de um centro mais alto que os próprios mandatos existentes no parlamento paraense? Mas quem manda? E quem são esses que "tem juízo"?

No mais, não deveria o povo mandar, ao invés de um único personagem, no centro do poder em uma intensa e contínua estratégia política?

Além disso, da política onde vemos até boi voando, o que ainda me causa espécie, grande surpresa é ver alguns deputados contra os seus apoiadores eleitores pela política do poder, além de "cuspirem no prato que comeram" pela ganância do que no momento se oferta, pensam que ninguém os observa, ledo engano!

Está mais do que na hora de no fim de tudo isso, o cidadão não mais ser apenas partícipe do grupo de "massa de manobra", enquanto os "seus representantes", representam um único interesse, estranho ao de quem os elegeu!

(Mettran Senna)


 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

OPINIÃO!

Um açoite! Lembro que na década de 90, nos anos embrionários do plano real, eu não tinha nenhuma noção de economia, estava ainda na escola, ensino fundamental e, um professor falava de suas jornadas em sala de aula, acumulando empregos, a fim de poder ter o mínimo de qualidade de vida, pois o salário mínimo segundo ele na época, sequer pagava sua gasolina. Lembro que levei aquelas palavras como prepotência, mas depois de um certo tempo, passei a compreender o que ele dizia. Hoje, o que temos, é um poder de compra em franca velocidade de queda.

O chamado "posto Ipiranga", Paulo Guedes, o manda chuva da economia brasileira, não nos possibilita ter uma decisão do presidente Jair Messias Bolsonaro, que contemple as reais carências da esmagadora maioria da população trabalhadora e que de um único salário mínimo, tenta garantir uma vida digna para si e seus familiares.


Sabemos que 1 real de aumento no salário mínimo, representa bilhões de acréscimo nas contas do governo. Mas seria justo, todos os anos vermos vultuosos aumentos de gastos do Legislativo, Judiciário e mantidas as regalias da Presidência da República, tendo agora, um mísero aumento do salário mínimo, ainda sendo barganhado?

É sério isso? Barganha sobre uma miséria e mesmo sabendo que está errado, em especial, moralmente errado?

Sim gente, o salário mínimo é uma miséria! E feliz daquele que o tem, que tem o seu emprego, que recebe pelo menos o mínimo, em um país que nem o mínimo muitos não recebem. E honestamente, sinto grande repulsa, principalmente quando uma grande parcela da população, se deixa levar por uma onda de fanatismo, que sempre busca os erros do passado, mas não enxerga as maldades do presente, mascarado pelo discurso do anticorrupção e patriotismo. Enquanto isso, essas mesmas pessoas, sofrem caladas com o peito estufado de orgulho, ou não sofrem, passam distantes disso, mas tem algum familiar que sente tais carências, e não pouco comum, sequer se compadecem.

De fato, aquele professor tinha razão. E atualmente, o pior não está no que dá ou não para fazer com um salário mínimo. Mas como podemos mudar a consciência do brasileiro, do abismo que cada vez mais afunda o país, em um mar de desigualdade social instalada, e sordidamente enfatizada sob nossas narinas, com a manutenção de um poder, que se veste de discursos de geração de emprego e renda, sem a renda, sem o real emprego, mas um desvalorizado subemprego, aquele que se tem, mas nem gostaríamos de ter por uma única razão, pelo que realmente desejamos, mas fundamentalmente, merecemos.

(Mettran Senna)

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